Notícias
Estados estudam descongelar ICMS de combustíveis após reajustes
O valor cobrado do imposto estadual está congelado até o dia 31 de janeiro e eventual prorrogação da medida está sendo avaliada por governadores e secretários de Fazenda
Estados avaliam descongelar o ICMS que incide sobre combustíveis a partir de fevereiro após a Petrobras anunciar novo aumento no preço do diesel e gasolina. O valor do ICMS cobrado sobre combustíveis foi congelado por 90 dias, prazo que se encerra no dia 31 de janeiro.
Governadores e secretários de Fazenda discutem se devem descongelar o valor do ICMS ou prorrogar a medida por mais tempo. Quando o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) anunciou a decisão pelo congelamento, em outubro do ano passado, a justificativa era de colaborar com a manutenção dos preços, em uma tentativa de segurar a inflação.
O governador do Piauí e coordenador do Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias (PT), afirmou que está “cada vez mais claro” que os aumentos propostos pela Petrobras fazendo o preço dos combustíveis subir no país.
“Sempre sustentamos que o valor do combustível tem a ver com a dolarização do Petróleo e vinculação feita no Brasil. Congelamos por 90 dias o ICMS e, mesmo assim, os aumentos continuam, o último anunciado ontem (11) pela Petrobras. A ausência de uma proposta sustentável por parte da Petrobras e ministério da economia leva a esta instabilidade nos preços”, afirmou em nota.
Para Dias, esse novo aumento e a falta de uma proposta sustentável para a política de preços dos combustíveis deve levar ao descongelamento do valor do ICMS que incide sobre os combustíveis. Esse debate está dividindo governadores e secretários estaduais de Fazenda, que ainda não formaram consenso sobre o tema.
Os secretários terão uma reunião no âmbito do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) nesta semana. Assim que definirem uma posição, vão solicitar uma nova reunião ao Confaz para comunicar a decisão sobre encerrar ou prorrogar o congelamento.
A discussão sobre o peso do ICMS no preço dos combustíveis foi acirrada ao longo de 2021. De um lado, o presidente Jair Bolsonaro e aliados costumavam atribuir a responsabilidade pela alta no preço da gasolina, diesel e etanol ao tributo cobrado pelos estados. Estes, por sua vez, criticam a política de preços da Petrobras, que é atrelada a variação do mercado externo e, portanto, ao dólar.
Links Úteis
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 6.0142 | 6.0167 |
Euro/Real Brasileiro | 6.3532 | 6.3694 |
Atualizado em: 29/11/2024 03:53 |
Indicadores de inflação
08/2024 | 09/2024 | 10/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,12% | 1,03% | 1,54% |
IGP-M | 0,29% | 0,62% | 1,52% |
INCC-DI | 0,70% | 0,58% | 0,68% |
INPC (IBGE) | -0,14% | 0,48% | 0,61% |
IPC (FIPE) | 0,18% | 0,18% | 0,80% |
IPC (FGV) | -0,16% | 0,63% | 0,30% |
IPCA (IBGE) | -0,02% | 0,44% | 0,56% |
IPCA-E (IBGE) | 0,19% | 0,13% | 0,54% |
IVAR (FGV) | 1,93% | 0,33% | -0,89% |